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Intercâmbio aos 30 anos de idade ou mais!

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Olá galera, tudo bem? Aqui é a Jessica Bonillo e hoje vim trazer um texto que tem tudo a ver com o que viemos publicando até agora aqui no blog, que é a experiência de ter feito um intercâmbio aos 30 anos de idade (ou mais).

Embora nossa sociedade esteja questionando cada vez mais certos padrões, sejam eles estéticos ou comportamentais, o que é essencial para refletirmos e nos permitirmos viver cada vez mais livres, ainda vejo algumas pessoas com receio de fazer certas coisas por causa da idade.

Uma delas é sair do país de origem para fazer um intercâmbio no exterior. Existe a pergunta que assombra algumas mentes por aí: “mas será que não estou velho para isso?”.

Bom, o intuito deste texto é encorajar quem esteja com essa dúvida martelando na mente, a partir, claro, da minha experiência de intercâmbio na África do Sul.

Minha tomada de decisão

Quando eu tomei a decisão de partir para o intercâmbio tinha 30 anos e embarquei com 31. Embarquei uma semana depois do meu aniversário (comemorei a data e fiz despedida ao mesmo tempo).

Neste texto eu conto porque escolhi a pontinha sul da África como destino e neste outro, eu falo sobre a minha evolução em relação ao inglês lá, partindo quase do zero.

Mesmo com alta dose de coragem envolvida por mudar completamente a vida para fazer aquilo, eu também cheguei a me questionar como seria ter tal experiência com 31 anos.

Em nenhum momento foi um fator que pudesse fazer com que eu mudasse de ideia, mas admito que fez com que eu pensasse a respeito e isso foi ótimo para que eu já chegasse aberta às mais diversas situações.

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Cape Point é uma das belezas naturais da África do Sul

Cape Point é uma das belezas naturais da África do Sul

Sua alma tem quantos anos?

Sabe aquela expressão “alma de jovem”? É até clichê falar disso, mas faz todo sentido. Em suas viagens ou até mesmo no dia-a-dia, em relação ao que você está disposto a encarar, você se parece mais ou menos jovem do que sua idade biológica apresenta?

Com 30 anos eu sentia (e ainda sinto) uma sede enorme por descobrir outros lugares, viver novas situações, conhecer novas pessoas, arriscar.

Posso dizer que tenho um espírito mais jovem do que minha certidão de nascimento registra, mesmo com todas as responsabilidades diárias na vida.

Isso não quer dizer que você tenha ou precise fazer por obrigação atividades que os mais jovens fazem, como frequentar a vida noturna da cidade várias vezes na semana ou escalar uma montanha, se essa não for a sua vontade.

“Tem muito mais a ver com o nível de abertura que você tem a aprender algo novo e fazer coisas diferentes, sem a restrição de se achar velho demais para fazer algo.”

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The Shack é um dos bares e baladas de Cape Town

The Shack é um dos bares e baladas de Cape Town

Saindo da bolha com o intercâmbio aos 30 anos

Estar aberto ou aberta significa mais possibilidades de situações a serem vividas. Em São Paulo, meu círculo de amigos tem basicamente a mesma idade que eu, sendo vários deles até mais velhos. Essa era a minha “bolha” cotidiana.

Antes de embarcar, eu sabia que isso mudaria consideravelmente e fui de coração verdadeiramente aberto para o que viveria lá.

Eu estudei na escola Good Hope Studies durante os seis meses, que fica no centro de Cape Town e em meu primeiro dia de aula, não fiquei surpresa ao notar que todos os colegas de sala eram bem mais novos que eu.

E muito menos fiquei constrangida com isso, tanto que quando fui conhecendo as pessoas, eu tinha um discurso pronto quando perguntavam minha idade: “sou bem mais velha que você, tenho 31 anos!”.

A surpresa veio mesmo quando diversas vezes, os novos colegas diziam logo na sequência: “It’s only a number” – “É só um número”. E assim eu ia me sentindo cada vez mais confortável.

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Escola Good Hope Studies em Cape Town

Escola Good Hope Studies em Cape Town

Meu novo cotidiano

Minha primeira turma em Cape Town foi de amigos árabes, todos na faixa de 20 e poucos anos e muitos deles estavam vivendo a primeira experiência realmente cheia de liberdade na vida.

Liberdade para ir e vir, para dançar, beber, conversar com outras pessoas que também não pertenciam à “bolha” anterior deles.

Com eles entrei num ritmo constante de vida noturna e saíamos várias vezes na semana juntos, normalmente para a Long Street, a rua superfamosa por seus bares e clubs.

Eles me ensinavam inglês e eu ensinava coisas que já tinha uma experiência um pouquinho maior, como: não misturar muitos tipos de bebida alcoólica na mesma noite, curar uma ressaca, e por aí vai… Rsrss.

Com eles, parecia que eu me sentia até mais jovem e, de verdade, minha idade nunca foi uma questão importante naquela experiência.

Estávamos todos no mesmo barco e, seja pelos momentos alegres e de conexão ou aqueles momentos em que sentíamos falta da família no país de origem, compartilhávamos de sentimentos muito similares o tempo todo.

Além dos amigos de outras nacionalidades, em determinado momento também tive a sorte de estar em uma turma muito querida de brasileiros que provavelmente não teria conhecido no Brasil, seja pela distância geográfica que cada um morava ou até mesmo pelos mais variados estilos que formavam aquela galera.

Pessoas com diferentes gostos musicais, estilos de vida, trajetórias profissionais, percepções sobre o mundo, enfim, cada um com sua bagagem de vida que proporcionou muita troca.

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Intercâmbio aos 30 anos na África do Sul

Intercâmbio aos 30 anos na África do Sul

Exercício de humildade

Quando você chega em um país que não conhece, ninguém sabe sobre sua carreira profissional, se você era um gerente renomado em uma grande empresa, se você tem duas graduações, se morava ou mora em uma casa enorme, qual estilo de vida estava acostumado a levar ou quais points de sua cidade você poderia ser sempre encontrado.

As pessoas se aproximam pelo que você é naquele momento. Existe muita beleza nisso e também requer um grau de desapego sobre aspectos que você pensava que te definiam, sendo estes alheios a não ser você mesmo.

Durante minha vida acadêmica no Brasil, eu estava acostumada a ter bastante destaque pelo meu desempenho, assim como em boa parte das experiências profissionais que tive.

Ao fazer intercâmbio aos 30 em Cape Town, com noção próxima de zero em relação ao inglês, eu me vi sendo a “pior” da sala de aula durante várias semanas.

Isso me afetou negativamente por um tempo, até eu entender e aceitar que eu não precisava, nem conseguiria ser a melhor em tudo que me propusesse a fazer.

Também não estava considerando que todos os colegas de sala, embora estivéssemos no mesmo nível do curso, tinham algumas semanas a mais de estudo na cidade, o que já faz com que você se acostume com os sons e com a forma de lecionar dos professores.

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Essa é a Table Mountain com vista da praia

Essa é a Table Mountain com vista da praia

As amizades contam muito

Depois que trabalhei internamente tal questão e vi que meu progresso estava sendo bem acelerado, quando avaliado somente através do ponto de vista da minha própria história, eu percebi que também acontecia naturalmente, todos os dias, um exercício de humildade, principalmente, em sala de aula.

Uma das pessoas que mais me ajudaram durante o curso, foi um colega de 17 anos. Devido a sua idade, nós convivíamos apenas na escola, ele não saía como a turma de 20 e poucos anos e, ainda assim, fizemos uma amizade incrível.

Ele realmente me ensinava, me explicava de uma forma diferente da que o professor fazia. Corrigia meus erros, me dava dicas, me incentivava.

A ficha realmente caiu que eu tinha um grande amigo de 17 anos de idade quando, por bilhete no caderno, eu contei que gostaria de mudar de sala e ele só me respondeu: “I’m gonna kill you”, que significa, “eu vou te matar”! Rs.

O danadinho hoje está na China, aprendendo mandarim e pretende dar aulas de inglês por lá. Orgulho demais do moleque!

Percebe que se eu estivesse apenas olhando tudo do alto de minha soberba, com meus 31 anos de idade, eu não estaria aberta a receber ajuda desse ser superinteligente que é 14 anos mais jovem que eu? Ainda, de quebra, ganhei um amigo muito querido.

>> Leia também: 8 dicas práticas para viajar para Cape Town

No intercâmbio é possível conhecer um dos estádios da África do Sul

No intercâmbio é possível conhecer um dos estádios da África do Sul

Intercâmbio aos 40 anos ou mais

Quando eu estava com uns 3 meses de intercâmbio na África do Sul, comecei a ter novos colegas na escola, estes com mais de 40 anos.

Era lindo ouvir quando contavam as histórias de como saíram de suas zonas de conforto e estavam aproveitando a experiência de estudar uma outra língua, em outro país. De como eles também estavam abertos a conhecer novas pessoas, a aprender.

Eles também não eram mais o arquiteto ou a enfermeira. Eles eram estudantes vencendo as próprias barreiras diariamente, com disposição, humildade e entusiasmo.

Se eles estavam tão preocupados como eu com relação à idade? Estavam e seguiram adiante e voltaram para casa felizes da vida com a experiência.

Um ponto importante é que quanto maior a idade, também maior a recomendação de um seguro de viagem para estar assistido caso venha a ficar doente ou ter problemas de saúde enquanto estiver lá fora. Uma dica é fazer pesquisa em sites como do Seguros Promo.

>> Leia também: A importância do seguro de viagem na África

Vale a pena intercâmbio aos 30 anos?

Vale a pena intercâmbio aos 30 anos?

Finalizando

Ainda tem mais possibilidades para você fazer seu intercâmbio, levando o fator idade em consideração. Descobri que hoje em dia existem algumas escolas (A EC English e a LAL, por exemplo) com turmas compostas por pessoas de mais de 30 anos.

Algumas cidades que são consideradas ótimos destinos de intercâmbio e que possuem essa opção: Toronto, Melbourne, Nova York, Londres, Malta, Dublin, Boston e até Cape Town.

Eu, sinceramente, não recomendaria uma alternativa assim, justamente para que as oportunidades de conviver fora de uma “bolha” sejam melhor aproveitadas.

Mas se o quesito idade ainda for um impedimento (mental, que fique claro) mesmo depois de ler como as minhas experiências foram ótimas, as escolas que oferecem esse tipo de grupo podem ser uma alternativa para você!

O que dá para fazer também é ser autodidata, começando por essas 150 frases em inglês para viagem, mas vai requerer muita força de vontade e sempre vai passar algo batido, seja pronúncia ou correção de palavras.

De qualquer forma, jogue-se pelo mundo e expanda de maneira surpreendente a visão sobre ele! 🙂

Abraço e até o próximo post!

Jessica Bonillo
Jessica Bonillo teve uma experiência incrível quando fez intercâmbio na África do Sul e vem compartilhando suas histórias e experiências aqui no blog.
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