Olá pessoal, no artigo de hoje vamos trazer dicas para planejar viagens com IA e avaliar se ela realmente funciona e se você pode utilizá-lo sem medo na hora de se aventurar mundo afora.
Fato é que os modelos atuais de inteligência artificial (IA) crescem com uma velocidade assustadora, tendo até, num estudo preliminar, superado o Teste de Turing, criado pelo pai da computação Alan Turing para diferenciar o comportamento de máquinas daquele dos humanos. Por esse motivo, é o tipo de tecnologia que tem sido adaptado para usos não apenas repetitivos, mas também aqueles criativos e complexos.
O planejamento de viagens é um desses usos. As gigantes de tecnologia têm anunciado seus modelos de IA como agentes capazes de tomar decisões autônomas e pensar. Mas, quando chega a hora de sair de casa para uma terra estranha, será que eles são substitutos realmente confiáveis para um planejamento tradicional? É o que nós vamos analisar a seguir, pesando prós e contras.
Conteúdo desse artigo:
Poder de pesquisa e comparação
A velocidade de pesquisa e a capacidade ágil de comparar diferentes fontes de informações é uma vantagem imbatível de modelos capazes de acessar a internet em tempo real, como ChatGPT ou Grok.
Além disso, comandos para identificar restaurantes, museus e outras atrações que sejam as melhores ou as mais famosas em destinos turísticos tendem a render bons resultados.
Também são ferramentas muito úteis para projetar rapidamente diferentes cenários para os destinos. Levantar opções mais e menos interessantes em diferentes épocas do ano, com climas variados, é mais simples com a agilidade dos agentes eletrônicos do que manualmente.
Por outro lado, ferramentas estabelecidas como SkyScanner, Hopper e Google Flights atualmente seguem superando a busca e comparação feita por modelos de IA como Perplexity ou GPT.
Soluções diferenciais
Em adição aos modelos de IA de chat “convencionais”, vários aplicativos baseados em IA se especializam em partes do processo de planejar uma viagem.
Tais soluções ainda são relativamente recentes e trazem restrições importantes, como recomendações genéricas e o modelo “freemium”, com poucas funções gratuitas, que atingem um limite, para que o cliente pague pelo serviço.
Com isso em mente, confira algumas opções existentes a seguir para testar em seu planejamento.
- Mindtrip: customiza sugestões com base nos interesses do viajante. Reúne 30 mil guias feitos por criadores de conteúdo após uma filtragem inicial de gostos.
- Expedia Trip Matching: permite enviar um reel do Instagram de algum destino para obter recomendações de viagem. Também fornece links para agendamento de hotéis.
- Layla: avalia as emoções do viajante para ajudar a definir o destino de viagem.
- Gondola: otimiza o uso de pontos de lealdade e milhas de cartão de crédito para custear viagens. Também monitora preços de passagens e de quartos para hospedagem. Ideal para quem viaja 10 ou mais vezes ao ano.
>> Leia também: Como planejar uma viagem internacional
Planejar viagens com IA realmente funciona?
Privacidade de dados
Uma das maiores forças dos modelos de IA é, paradoxalmente, também um sério problema para os usuários: o uso das informações fornecidas pelos usuários para treinar seus sistemas.
Se esse aspecto permite personalizar e adaptar o uso dos modelos, por outro lado abre vulnerabilidades de compartilhar dados sensíveis.
Fortalecer a cibersegurança e a privacidade digital encontrando um bom serviço de VPN, com os melhores servidores de VPN é uma medida relevante nesse sentido. Uma VPN embaralha os dados de navegação durante o uso dos aplicativos, impedindo que os dados sejam interceptados e lidos por bisbilhoteiros. Porém, isso não é suficiente para mitigar esse problema.
De fato, evitar compartilhar informações muito específicas de hábitos e de preferências de viagem atualmente parece ser a única maneira de contornar o problema da privacidade de dados com ferramentas IA.
A conexão fica muito mais segura com VPN em uma viagem ao exterior
Limitações dos bancos de dados
Os modelos de IA são treinados com bases de dados de tamanhos absolutamente impressionantes. Ainda assim, elas são insuficientes para muitos efeitos.
Na hora de gerar itinerários personalizados e atualizados, alguém que planeje viagens poderá esbarrar com o corte temporal de limite desse treinamento. No caso de muitos modelos, o período pode ser de vários meses, o que pode atrapalhar na capacidade de sugerir atrações que estejam em atividade.
O destino também pode ter suas informações fora da base de dados, o que não vai gerar resultados. Em muitos casos, inclusive, gerará recomendações falsas, as temidas e recorrentes alucinações de IA. Não é preciso mencionar que isso pode arruinar um bom planejamento e até expor o viajante a riscos e imprevistos ou simplesmente frustrações.
>> Leia também: Por que fazer um planejamento financeiro para viagem
Dicas imperdíveis
Quem viaja com frequência sabe que há achados raros, que somente um bom contato sabe providenciar.
Iniciativas online, como os fóruns/publicações Lonely Planet e TripAdvisor fornecem dicas interessantes e menos óbvias para muitos destinos, além de boas estimativas de custos de viagem. Mas o contato direto com alguém que já passou pelo destino desejado com paciência e olhos vivos parece ainda ser insubstituível.
Esse tipo de informação, com riqueza de detalhes e o entendimento das preferências do interlocutor, é algo preponderantemente humano. Somente esses viajantes dispostos a compartilhar suas opiniões são expostos a imprevistos e perrengues específicos e são capazes de expô-los com o peso devido numa viagem.
Os blogs e fóruns podem trazer opiniões para viajantes solteiros e para casados e com filhos, dando uma visão particular de cada vivência, menos homogêneo do que os juízos feitos por IA.
Vale a pena consultar múltiplas fontes de informação e não somente planejar viagens com IA
Pente fino
A busca cuidadosa por opções interessantes clicando em bairros de interesse no Google Maps e analisando fotos, informações e o clima dos estabelecimentos também tende a trazer resultados que têm mais a ver com o interesse do viajante.
Esse meio pode ser uma ótima maneira de validar buscas feitas tanto com ajuda de IA quanto após colher opiniões de viajantes. É especialmente interessante na última etapa de planejamento por causa do tempo que pode ser gasto analisando cada opção com atenção.
>> Leia também: Como conseguir internet na Europa
Afinal, vale a pena planejar viagens com IA?
Nossa opinião é que sim, inclusive nós aqui do blog estamos utilizando muito dos recursos da inteligência artificial para produzir conteúdos muito mais abrangentes.
É a famosa tecnologia que chegou para ficar e fazer bom uso dela somente tende a trazer vantagens e diferenciais.
Agora, podemos confiar fielmente? Nossa resposta é um categórico NÃO. Já vimos vários erros cometidos pelas IAs de mercado, inclusive nas mais famosas, como é o caso de planejar viagens via ChatGPT.
Já encontramos erros de trazer lugares que não existem naquelas cidades, de roteiros que não tem a menor condição de ser realizada em um único dia de viagem, de distâncias mal calculadas, de horários de visitação dos lugares errados, de estabelecimentos fechados permanentemente ou temporariamente, assim como estradas ou rodovias em obras ou inexistentes.
O mais correto é utilizar ele como base, mas fazer as conferências em sites mais confiáveis. Aqui no blog, procuramos deixar os conteúdos o mais atualizados possível e tenho certeza de que outros colegas que possuem blogs de viagens também o fazem.
Vale sempre a pena fazer essa conferência, já que uma viagem geralmente exige um grande investimento, assim como pode frustrar a todos, principalmente se você viaja em família com crianças.
>> Leia também: O companheiro de viagem perfeito
Finalizando
Como você viu ao longo do texto, a Inteligência Artificial vem expandindo significativamente e está quase impossível não utilizá-la, já que os próprios sites de viagens a vem utilizando.
Porém ela ainda possui suas limitações e vale a pena adotar cuidados mínimos para não ser pego de surpresa ao planejar viagens com IA.
Não importa se o seu destino é para lugares conhecidos, como América do Sul, América do Norte ou Europa, ou então para lugares menos visitados, como Ásia, África e Oceania. O resultado das respostas da IA impacta em todos os cenários.
Espero que esse artigo tenha ajudado na sua tomada de decisão! E agora queremos ouvir você! Como você vem utilizando a IA para planejar viagens? Os resultados têm sido satisfatórios? Abraço e até o próximo artigo!
