Baixe Grátis nosso Kit de Planejamento de Viagem! Clique Aqui!

Viagem para San Pedro de Atacama

Enviar no WhatsApp
Copiado!

Olá pessoal, aqui é a Milene Martins, trazendo mais um artigo das nossas experiências de viagem, dessa vez falando sobre as experiências de ter feito viagem para San Pedro de Atacama, no Chile.

Para começar, podemos dizer que a maior missão em San Pedro de Atacama é vencer e domesticar as forças do deserto. Sol escaldante, poeira, ar ressecando o nariz, neve ofuscando a visão, entre muitas outras dificuldades.

Mas como vale! Vale muito! A pessoa volta revigorada e energizada após uma viagem como essa. Sem dúvida alguma, uma das essências do Chile é o Atacama!

O deserto de Atacama

Dá para acreditar que a imensidão de areia que a gente vê da janela do avião está na mesma latitude de São Paulo?

Na província de Antofagasta, no Chile, se estendendo a 22 graus de latitude sul, se encontra o deserto mais árido do mundo.

Fazendo toda a diferença entre esses pontos, está algo impressionante: a altitude mínima do Atacama. São 2.400 metros acima do mar na região mais baixa, a chamada cuenca del salar.

Um relevo que se divide em três níveis, estando no mais alto a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira Domeyko e no nível mais baixo, a cuenca, a cratera de um antigo e extinto vulcão.

Chove bem pouco nesse lugar. De modo geral a pluviosidade não ultrapassa 100 milímetros por ano. Além disso, a temperatura no Atacama varia bastante: dentro de 24 horas se pode enfrentar 25 graus Celsius de dia e 10 graus Celsius de madrugada.

Uma vegetação resistente à escassez de água e à alta salinidade do solo. Cactos baixos e também árvores bonitas como a algaroba e o chañar.

Além disso muitos animais que desfilam diante de um cenário encantador parecendo não sentir medo: raposa na montanha, guanacos no altiplano e o meigo roedor vizcacha entre as rochas dos gêiseres.

Na cratera deixada pelo antigo e imenso vulcão, muito sedimento carregado pelo Río San Pedro se assentou. Aí fica o povoado San Pedro de Atacama, o maior e com mais capacidade para receber turistas na região. Tomou o nome emprestado do rio.

>> Leia também: Qual o melhor seguro de viagem?

Como fiz meu roteiro para o Atacama

Conhecer o deserto de Atacama era um sonho. Meu marido e eu queríamos que tudo corresse bem.

Planejamos a viagem para o Atacama durante três meses, considerando o seguinte:

  • O período de estadia, que foi final de julho e início de agosto
  • A chegada em Santiago, o descanso desse trajeto e a saída para San Pedro de Atacama
  • A escolha do albergue.

Cada consulta que fazíamos a sites e ao guia produzido pela Lonely Planet nós anotávamos em uma planilha para ter uma previsão de custos.

Fizemos a reserva nos albergues (de Santiago e de San Pedro) com bastante antecedência, pois não sabíamos se haveria muita procura.

Ao longo desse planejamento, compramos as seguintes roupas e acessórios para passeios ao ar livre:

  • Blusa e calça de malha para serem usados rente ao corpo
  • Agasalhos de algodão e/ou lã para usar sobre esses
  • Calça de tecido flexível e que secasse rápido
  • Gorros e luvas de lã
  • Agasalhos quebra-vento com bolsos para acomodar óculos
  • Óculos de sol, pois tanto a areia quanto a neve refletem luz, o que incomoda os olhos em alguns momentos do passeio
  • Calças de malha e/ou bermuda para as saídas de bicicleta.

Na véspera do embarque estávamos ansiosos, mas bem positivos, pois tínhamos nos empenhado em fazer dar certo. E realmente foi incrível! Um investimento para não se arrepender nunca.

>> Leia também: Quanto custa viajar para o Chile

Esplendorosa paisagem de San Pedro do Atacama

Esplendorosa paisagem de San Pedro do Atacama

Como chegar em Atacama?

Aeroporto em Atacama? O que opera com voos comerciais é o Aeroporto Internacional El Loa, que fica a aproximadamente 6 km de Calama, cidade da província de El Loa.

Portanto, se você vai sair de algum ponto do Brasil, terá que ir para Santiago (passando pelo setor de imigração) e depois pegar um voo Santiago até Calama que tem duração de 2 horas com um custo atual de R$ 147,00.

No aeroporto de Calama, você escolhe a forma de chegar a San Pedro de Atacama (100 km de distância) pegando:

  • Ônibus de linha
  • Carro alugado em agências que ficam no aeroporto
  • Taxi
  • Van das empresas que oferecem traslado.

Não alugamos carro. As empresas transportadoras oferecidas no aeroporto foram uma boa opção.

Antes de embarcar no aeroporto, acertamos o retorno para Calama, uma vez que já tínhamos a data definida. Assim evitamos gastar tempo arranjando a volta entre um passeio e outro.

Custo aproximado por pessoa, ida e volta: R$ 108,00. A estrada é de pista única, mas bem conservada.

>> Leia também: Dicas para as férias de julho no Chile

Hospedagem no deserto de Atacama

Se quiser ficar em hotel no Atacama, terá 14 opções oferecendo suítes de luxo e amplos jardins com piscina, como é o caso do Hotel Cumbres, de categoria 5 estrelas, com diárias a partir de R$ 1.400,00.

Mas para quem está afim de algo mais despojado, é só procurar por um dos 26 albergues no Atacama (hostels), nos quais também se encontram confortos (menores que os hotéis, claro), mas com café da manhã bem completo e calefação nos dormitórios. Há também duas áreas que oferecem chalés rústicos e banheiros.

Gostei muito do Hostal Katarpe, onde ficamos. Distanciado alguns quarteirões das ruas mais agitadas. Isso foi bom porque evitamos o barulho das pessoas andando pelas ruas à noite.

>> Conferir mais opções de hospedagem

Hotel Cumbres em San Pedro de Atacama

Hotel Cumbres em San Pedro de Atacama

Alimentação no deserto de Atacama

Quando queríamos comer no Atacama, era muito fácil: apenas andávamos um pouco. O albergue tem duas áreas coletivas: uma interna para a noite e uma externa e ventilada para as horas mais quentes do dia.

De fato, existem inúmeros restaurantes em San Pedro de Atacama. Alguns servem pratos condimentados com rica-rica, planta nativa do Atacama que vale experimentar.

Nosso local preferido para comer, fosse almoço ou jantar: Las Delicias del Carmen. Localizado em um ponto silencioso da cidade, ele tem um estacionamento para bikes logo na porta.

Provamos maravilhas da comida chilena como a cazuela, um cozido suculento de frango, milho, batata e abóbora, além das saborosas empanadas.

>> Leia também: Nossa viagem para os Vales Nevados de Chillán

Passeios em San Pedro de Atacama

Pequena, sentada aos pés do vulcão Lincancabur, com uma longa história e gente receptiva. Em San Pedro de Atacama o viajante se diverte e aprende.

O viajante também escuta os mais diferentes idiomas entre os visitantes, pois é um lugar onde o turismo vem sendo explorado por quase duas décadas.

No centro comercial de ruas de terra, o viajante se depara com muitas agências de turismo do Atacama com suas portas sempre abertas. Vários cartazes informam o valor das saídas.

Aproveitando que está em um local pequeno, é perfeitamente possível fazer passeios por conta própria sem nenhum tipo de risco. É só não esquecer de passar protetor na pele, uma vez que os raios do sol são intensos durante o dia todo.

Também é importante tomar água aos poucos, mesmo que você não sinta sede.

Abaixo trouxemos uma visão dos passeios no Atacama que escolhemos fazer sozinhos.

>> Leia também: Como é o réveillon no Chile

Deserto do Atacama - Chile

Deserto do Atacama – Chile

Museu Antropológico Gustavo Le Paige

Logo na entrada do Museu Antropológico Gustavo Le Paige, um encantamento: um vídeo mostrava a remoção das múmias que um dia fizeram parte do acervo.

Essas múmias foram encontradas em escavações nos arredores de San Pedro de Atacama. Como os descendentes das populações nativas pediram à diretoria do museu que as devolvessem, o museu produziu um documentário antes de entregá-las.

Extremamente organizado, o museu apresenta a rica cultura dos primeiros ocupantes do gigante do Atacama, que chegaram aí há 10 mil anos.

Túnicas e faixas feitas com lã das lhamas, animais originados da domesticação dos guanacos. Também muita cerâmica retratando os diferentes estilos.

Pukara de Quitor

Alugamos bicicletas e percorremos ruas tranquilas (6 km ida e volta) até esse povoado. Pukara significa fortaleza em uma das línguas nativas.

Os atacamenhos construíram a fortificação em um morro, pois assim teriam uma perspectiva favorável do entorno. Porém, foram derrotados em 1540 por espanhóis, que assassinaram vários moradores desse sítio.

Deixamos as bicicletas aos cuidados de um atendente na portaria. Levamos uma hora e meia percorrendo as trilhas de terra até o mirante.

Na margem desses caminhos olhávamos as ruínas das impressionantes construções. A vista do alto é linda: apreciamos San Pedro de Atacama do alto e ao longe montanhas com neve no topo (lindo demais).

>> Leia também: Como aproveitar um feriadão na Argentina ou Chile

Ruínas de Pukara de Quitor no Atacama

Ruínas de Pukara de Quitor no Atacama

Passeios para experimentar o deserto do Atacama

Agora vamos ver passeios para conhecer o deserto do Atacama, mostrando aqueles que fizemos e mais nos chamaram a atenção.

Vale de La Luna e Vale de La Muerte

Imprescindível ser feito à tarde, uma vez que as areias do Vale da Lua são “maquiadas” pelos raios do sol, assumindo tons de laranja e púrpura.

Fomos em uma van da agência de turismo Cosmo Andino, equipe que consideramos extremamente profissional. Aproveitamos muito as explicações do guia.

O Vale da Morte mais parece um cenário de filme em Marte. Recebeu esse nome por iniciativa de Gustavo Le Paige, o padre que se interessava por antropologia e que criou o museu.

Fomos nesse passeio com roupa e calçados que nos deixavam confortáveis. Carregamos garrafa de água na mochila.

Foi imensamente prazeroso pisar naquelas areias, conhecer plantas tão rudes e elegantes e ver as altas escarpas fatiadas em tonalidades de marrom e verde.

Claro, levamos agasalho, pois assim que o sol entra, surge uma brisa fria.

É natural querer fotografar o tempo todo diante de um cenário tão incomum. A dica aqui é: se você tem uma câmera semiprofissional ou profissional, acomode-a bem em uma bolsa enquanto ela não estiver em uso.

O vento do inverno transporta o pó fino do deserto que emperra os mecanismos da câmera.

>> Leia também: Dicas de viagem para a Patagônia Chilena

Vale da Lua no Deserto do Atacama

Vale da Lua no Deserto do Atacama

Geysers del Tatio

A 90 km do centro de San Pedro e a uma altitude de 4.320 metros, você encontra os Geysers del Tatio, um campo geotérmico: água quente jorrando do subsolo por pressão de gases. Vapores que se exibem iluminados enquanto o sol nasce.

Foi às 04:45 h que a van da agência nos pegou na porta do albergue. Chegamos no campo geotérmico às 07:10 h.

Serviram café da manhã em mesas improvisadas enquanto olhávamos os gêiseres de longe antes de irmos até eles. Fazia 4 graus negativos.

Tatio significa avô no idioma dos primeiros moradores da região. De fato, a linha de montanha desenha o perfil que lembra o de um senhor deitado.

A paisagem magnífica nos estimula a andar, mas é preciso prudência: o ar rarefeito limita a troca de ar nos pulmões e pode causar dor de cabeça.

O visitante que desejar pode se esbaldar na represa de água termal. Próximo dela tem um banheiro para troca de roupa.

Mesmo que você não for nadar, leve nos bolsos do agasalho mais externo lenços de papel. Com o ar gelado da manhã, o nariz goteja.

>> Leia também: Como funcionam os fusos horários dos países?

Geysers del Tatio no Atacama

Geysers del Tatio no Atacama

Lagunas Altiplanicas y Salar de Tara

Passeio imperdível com duração de um dia. O valor por pessoa está em torno de R$ 186,00. Visitamos a Reserva Nacional de Los Flamencos.

A entrada nessa área é cobrada à parte e fica por volta de R$ 10,50. À nossa frente uma cadeia de montanhas que se perdia no horizonte, estando no nível mais baixo uma imensa lagoa de água salobra frequentada por flamingos.

Saindo da reserva, nos dirigimos para o povoado de Socaire a 3.200 metros de altitude. Visitamos sua igreja antiga, cujo teto é de adobe: mistura de argila, areia e fezes de animais. Essa era a técnica usada no passado para conservar o calor nas construções.

Da estrada podíamos ver o vulcão Viscanti, antes que a van parasse no Salar de Tara, a 3.970 m de altitude, para que contemplássemos a beleza de suas águas azuis-esverdeadas.

Finalizando

Como você viu ao longo do texto, o Deserto do Atacama é maravilhoso. Uma viagem ímpar que renova a pessoa de um jeito que não consigo nem explicar, tamanha beleza e espetáculo da natureza.

Porém é um destino que exige preparo, exige cuidados e um bom planejamento, para que tudo ocorra certo e para que você também não gaste os olhos da cara.

Muito importante também viajar com um seguro de viagem para o Chile que você pode contratar a partir de sites como da Seguros Promo, para estar coberto em caso de acidentes ou ficar doente durante a viagem.

Procuramos trazer várias dicas aqui no texto para ajudar você nesse sentido, desde hospedagem, alimentação e também transporte para o Atacama. Espero que ajude no seu planejamento de viagem para o Atacama.

Agora queremos ouvir a sua opinião. Quais dos passeios de San Pedro do Atacama você ficou com mais vontade de fazer? Deixe abaixo o seu comentário!

Abraço e até o próximo artigo!

Milene Martins
Milene Martins teve experiências incríveis de viagem quando visitou a Patagônia e vem compartilhando suas histórias e experiências aqui no blog.
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pacote Passagem Hotel Carro Seguro Ingressos Chip Mala Ônibus Cruzeiro Câmbio Cartão Financ. Conta Guia Fotógrafo
Mais